Moçambique é membro admitido na CICC em 26 de abril de 2025, em Conacri, durante o 7º Conselho de Ministros realizado de 24 a 26 de abril de 2025. Assinará a Convenção Constitutiva da instituição o mais breve possível pelas Autoridades competentes do país.
Perfil econômico, social e ambiental
Moçambique é um PMA, cuja curva de crescimento da riqueza per capita foi repentinamente interrompida em 2015 pela crise da dívida e pela aceleração de episódios de desastres naturais. Após aumentar linear e constantemente entre 1995 e 2015 a uma taxa média de +4,5% ao ano, o PIB/hab. atingiu um patamar entre 500 e 550 USD/hab. até 2022, para experimentar um aumento notável em 2023, quando atingiu 647 USD/hab., com o crescimento econômico finalmente conseguindo absorver a alta taxa de natalidade (+2,9% ao ano em média; 33,9 milhões de habitantes em 2023, segundo as Nações Unidas). A crise sanitária da Covid-19 teve efeitos econômicos relativamente brandos em Moçambique, com a recessão sendo moderada em 2020 (-1,3%), assim como a recuperação em 2021 (+2,2%), um ano que também sofreu com uma grande crise de segurança (terrorismo no norte do país), levando em particular ao fechamento do grande projeto de gás da Total Energies devido a força maior. Essas condições econômicas deterioradas continuaram em 2022, com crescimento não superior a 4,2%, um nível apenas suficiente para absorver o crescimento populacional.
O setor do caju em resumo
O setor do caju em Moçambique é um setor estratégico para a economia do país, especialmente nas áreas rurais, onde oferece renda e oportunidades de desenvolvimento local. Moçambique possui plantações significativas de caju, principalmente nas províncias de Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Zambézia. O caju representa uma importante cultura de exportação e um setor em crescimento, contribuindo para a diversificação econômica do país. O setor emprega grande parte da população rural, geralmente em pequena escala ou por meio de cooperativas. A produção de caju em Moçambique cresceu nos últimos anos, com volumes significativos exportados principalmente na forma de castanhas in natura. O setor está trabalhando para melhorar a qualidade para acessar mercados de maior valor agregado, especialmente na Europa e na Ásia. O processamento local continua limitado, com forte ênfase na exportação de nozes cruas. No entanto, existem iniciativas para desenvolver o setor de processamento local. Os desafios do país incluem infraestrutura inadequada para coleta, armazenamento e processamento, falta de tecnologias modernas para processamento e gestão agrícola, flutuações nos preços mundiais, dependência da exportação de nozes cruas e a necessidade de fortalecer as capacidades técnicas e organizacionais dos pequenos agricultores. As oportunidades estão no investimento em processamento para aumentar o valor agregado, em colaborações com empresas internacionais para acessar novos mercados e em apoio institucional com programas de capacitação, financiamento e políticas favoráveis. Em termos de perspectivas, o setor do caju em Moçambique tem um potencial de crescimento significativo, especialmente se forem feitos investimentos no processamento local, na melhoria da infraestrutura e na implementação de práticas agrícolas sustentáveis.
Organização do setor
O setor do caju em Moçambique é, portanto, baseado em um ecossistema complexo que envolve pequenos produtores, cooperativas, empresas privadas de processamento e exportação, bem como atores públicos e parceiros internacionais. A sinergia entre esses participantes é essencial para o desenvolvimento sustentável e o crescimento do setor. A maioria das plantações de caju é cultivada por pequenos agricultores, geralmente em ambiente familiar ou comunitário. As cooperativas agrícolas são formadas por grupos de pequenos produtores que se unem para melhor negociar, compartilhar recursos e acessar serviços, como as cooperativas locais nas províncias de Nampula, Cabo Delgado, etc. Empresas privadas e usinas de processamento compram castanhas para descascar, processar ou exportar, como empresas nacionais e subsidiárias estrangeiras que atuam no setor. Os atores públicos e as instituições governamentais estão principalmente sob o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, que desenvolve políticas, programas de apoio, financiamento e treinamento de atores. Instituições de pesquisa e desenvolvimento trabalham para melhorar técnicas agrícolas, sustentabilidade e qualidade. Agências internacionais de financiamento e ajuda desenvolvem programas de capacitação e financiamento de projetos agrícolas (FAO, Banco Mundial, agências bilaterais, ONGs e agências de desenvolvimento).
Incentivos para a promoção do caju
Atualmente sendo compilado
Projetos e programas de promoção do caju
Atualmente sendo atualizado
Instituições e indivíduos que representam o CICC
Moçambique está representado na CICC por:
- Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar.
- O Ministério responsável pelo Comércio/Indústria
Localização geográfica da produção de caju
Atualmente sendo atualizado